Minas concentra 11% dos pequenos negócios do país
Oito a cada 10 empreendimentos formais do Estado são microempresas
Segundo levantamento do Sebrae Minas, o Estado concentra mais de 2,4 milhões de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (MPE) e de Microempreendedores Individuais (MEI), 11% do total de pequenos negócios do país.
Esses empreendimentos representam 99% do total de empresas formais, tanto de Minas quanto do Brasil. Eles foram responsáveis por mais da metade (52%) dos postos de trabalho formais gerados no país, ou seja, 19,7 milhões (dados RAIS 2023).
Em Minas Gerais, as micro e pequenas empresas geraram 59% das vagas até julho deste ano, totalizando mais de 1 milhão de empregos. E a participação do segmento no Produto Interno Bruto (PIB) mineiro atingiu 32,7% (dados de 2021).
Mais de 80% das micro e pequenas empresas são dos setores de Serviços e Comércio. Os segmentos com a maior concentração de empreendimentos são comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, alimentação fora do lar, serviços de saúde, consultorias e construção civil.
Já a Indústria mostra perda de fôlego e a Agropecuária mantém baixa participação, embora estratégica em alguns territórios.
No mercado de trabalho, as admissões das micro e pequenas empresas permaneceram estáveis em relação a 2024 (890 mil vagas), mas ainda abaixo do nível de 2023.
O saldo líquido de empregos foi positivo (+98 mil), embora em desaceleração frente aos anos anteriores. A Agropecuária manteve crescimento consistente, enquanto a Construção Civil registrou retração. Indústria, Comércio e Serviços apresentaram sinais de estabilização após as quedas acentuadas de 2024. Nenhuma região apresentou saldo negativo, mas todas mostraram perda de fôlego na criação líquida de empregos.
São cerca de 1,8 milhão de MEI registrados e, para 2025, segundo o levantamento do Sebrae, há uma tendência de menos entrada, menos saída e maior estabilidade do estoque de negócios ativos nesta categoria empresarial.
Segmentos tradicionais como beleza, moda e comércio popular mostram sinais de saturação, perdendo protagonismo na expansão recente. Atividades ligadas a transporte e logística estão crescendo mais rápido, enquanto apoio administrativo segue expressiva.
Promoção de vendas se mantém como porta de entrada recorrente para formalização. Por outro lado, a educação (cursos livres, ensino) mostra sinais de retração, indicando possíveis dificuldades para microempreendedores nessas atividades.
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