Café da Nova Alta Paulista conquista selo de indicação geográfica
Reconhecimento oficializa 30 municípios do Oeste Paulista
O agronegócio brasileiro garantiu mais um importante diferencial de mercado. Em 7 de outubro, o Café da Nova Alta Paulista, situado no oeste do Estado de São Paulo, recebeu o selo de Indicação Geográfica (IG), conforme registro concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Este é o 11º selo de IG paulista e o sexto no estado diretamente ligado à cafeicultura, um reflexo do estímulo que o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) vem dando aos produtores para obter o reconhecimento.
O Mapa, inclusive, emitiu o Instrumento Oficial de Delimitação Geográfica, o documento que define o território da IG.
Histórico e abrangência regional
O reconhecimento é válido para os 30 municípios que compõem a região da Nova Alta Paulista. Embora atualmente apenas 23 deles cultivem café, a documentação foi elaborada para permitir que produtores das sete cidades sem produção atual possam ser incorporados à IG, caso retomem o plantio e sigam as regras do caderno de especificações.
O superintendente da Agricultura e Pecuária em São Paulo, Estanislau Steck, relembrou o forte vínculo histórico da região com a cultura. A Nova Alta Paulista foi uma das últimas fronteiras agrícolas colonizadas no estado e o café foi o principal motor de seu desenvolvimento a partir da segunda metade do século 20, apesar do forte impacto da geada de 1975. "O vínculo histórico entre a região e os pioneiros proprietários e colonos até hoje é forte em função das dificuldades que enfrentaram", destacou Steck.
As 23 cidades contempladas neste primeiro momento são: Adamantina, Arco-Íris, Dracena, Flórida Paulista, Herculândia, Iacri, Inúbia Paulista, Irapuru, Junqueirópolis, Lucélia, Mariápolis, Monte Castelo, Nova Guataporanga, Osvaldo Cruz, Ouro Verde, Pacaembu, Parapuã, Rinópolis, Sagres, Salmourão, São João do Pau d’Alho, Tupã e Tupi Paulista.
Gestão e foco na qualidade
A gestão da nova Indicação Geográfica ficará a cargo da Associação dos Produtores Rurais de Pacaembu e Região (Aprup).
A entidade projeta que o selo resultará em desenvolvimento e crescimento para todo o território, promovendo a agregação de valor tanto ao produto quanto às terras onde é cultivado.
Com mais de cem produtores já manifestando interesse em aderir, e uma estimativa de mais de mil cafeicultores na região, o foco na qualidade se intensifica.
Os concursos de qualidade de café foram retomados em 2023, após interrupção, e o número de amostras classificadas como cafés especiais tem aumentado a cada ano.
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