Especialista alerta para a importância da proteção legal de criações artísticas
Advogada comenta recentes casos de uso indevido de obras e personagens, ressaltando os riscos e a necessidade de registro e contratos adequados

Recentemente, o cantor e compositor Carlinhos Brown foi condenado pela Justiça por utilizar indevidamente um personagem infantil criado por um artista plástico, sem autorização ou reconhecimento de coautoria.
Este caso chama a atenção para a crescente incidência de disputas relacionadas à propriedade intelectual no Brasil, especialmente no setor artístico e cultural.
A advogada Milene Correia, sócia do escritório Correia & Vieira de Carvalho Advogados Associados e especialista em Propriedade Intelectual, Direito do Entretenimento, Mídia e Moda, destaca que muitos criadores não têm plena consciência dos direitos que possuem sobre suas obras.
"A proteção legal de criações artísticas é fundamental para garantir que os autores possam controlar o uso de suas obras e serem devidamente remunerados por isso", afirma.
Além do caso envolvendo Carlinhos Brown, outros episódios recentes ilustram a importância do tema. Em 2024, o fotógrafo Christian Cravo processou a TV Globo e Carlinhos Brown por uso não autorizado de 12 fotografias durante uma apresentação musical, buscando indenização por danos materiais e morais.
Milene Correia ressalta que a falta de contratos claros e registros formais das criações são fatores que contribuem para essas disputas.
"É essencial que artistas e empresas compreendam a importância de formalizar acordos e registrar suas obras junto aos órgãos competentes. Isso não apenas protege os direitos dos criadores, mas também evita litígios futuros", explica.
A advogada também enfatiza que a conscientização sobre propriedade intelectual deve ser ampliada, especialmente em setores como moda, música, audiovisual e design, onde a criação de conteúdo original é constante.
"A educação sobre direitos autorais e propriedade intelectual é uma ferramenta poderosa para fortalecer o mercado criativo e proteger os profissionais que nele atuam", conclui.
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